BLEEDING - Fields of Tension 1

Desenho de grafite sobre placa de PVC, placa oxidada e pedra litográfica, dimensões variadas, 2018

BLEEDING - Fields of Tension 2

Desenho de grafite sobre placa de PVC, estrutura de ferro e 4 pedras litográficas, dimensões variadas, 2018

BLEEDING - Fields of Tension 3

Estruturas de ferro, placa oxidada e 5 pedras litográficas, dimensões variadas, 2018

 

BLEEDING - Fields of Tension

Como cartógrafos, os artistas escolhem bandeiras de suas explorações, marcos que sinalizam os interesses que surgem de seus confrontos com os territórios variados pelos quais passam. Na minha trajetória esses elementos são pedras, que aparecem cada vez mais como elementos que sinalizam a passagem por esses lugares. Pedras que são, ao mesmo tempo, parte e resumo das paisagens encontradas; coisas concretas e metáforas inventadas. Apoiando-se no discurso sobre o efemero, sobre a fragilidade da vida e a exaustão de nossos recursos minerais, a instalação proposta denominada BLEEDING - Fields of Tension é uma conversa entre elementos como pedras litográficas, desenhos de ferro e grafite, estabelecendo uma nutrição cíclica em que a topografia é a protagonista.

As pedras são mostradas como pequenas ilhas isoladas, quase flutuando no espaço. Elas são colocadas sobre uma estrutura de ferro oxidado e desenham uma presença fantasma. Sobre a superfície que uma vez foi usada para imprimir imagens litográficas, uma tinta preta cobre toda a memória deste passado. Como um palimpsesto feito pelo acúmulo sobre camadas e camadas de trabalho duro, esse lado escuro brinca com o passado ao mesmo tempo em que revela uma nova silhueta para aquela pedra. Agora, esse pequeno pedaço pode ser uma montanha novamente.

Assim como a penúria da pedra litúrgrafica, as imagens desenhadas na parede trazem a ideia da escassez de nossos recursos. Dois lugares no Brasil são um exemplo claro disso: o pico de Itabirito, que permanece intacto enquanto todo o seu entorno desaparecia em um enorme buraco cortado em toda a comunidade da Serra do Navio, no Amapá, onde a glória e queda de nossa mineração política deixou para trás uma cidade inteira após o esgotamento do manganês.

Os triângulos que ficam ao lado dos desenhos são como as projeções de pedra - essas peças são feitas com chapa galvanizada e um processo de oxidação avançado. Eles também participam da composição como linhas estruturais invisíveis e criam uma conversa com a tradição arquitetônica, das pirâmides ao construtivismo e movimento neo concreto na arte brasileira. Mas essa atenção sobre a superfície e o terreno tem uma contrapartida nos elementos cênicos e cuidadosamente organizados, evocando um mainframe feito pelo homem, sustentado por estruturas de ferro, um verdadeiro campo de batalha entre natureza e cultura, um campo geométrico de tensão sobre a experiência sensível do lugar. 

Hoje em dia, há uma urgência para discutir novas fronteiras e limites geográficos. Diante de migrações em massa e explorações desenfreadas dos depósitos minerais do planeta, a nova geografia tornou-se o grande questionamento e, com entusiasmo, a arte contemporânea transformou o histórico e bucólico tema da paisagem na principal arena de reflexão e compreensão do nosso lugar no mundo. O locus foi transformado em território e nele são construídas as principais relações entre homem e ambiente, tecnologia e memória, identidades e nomadismo.

 

Mais infos: https://www.simgaleria.com/feiras/art-basel-miami-beach-2018

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