Elã
Inspirados pelo de 8 de março, celebramos nossas artistas mulheres, reconhecendo o significado e importância dessa data.
Acreditamos na relevância e centralidade que a produção feminina teve e tem no cenário da arte moderna e contemporânea e, por isso, apresentamos esse com este recorte de trabalhos recentes e exemplares dentre as obras das artistas que compõem o corpo da Simões de Assis. Iniciativas como essa, de destaque e protagonismo às mulheres, contribuem para mudarmos a maneira como olhamos, valorizamos e circulamos a arte no Brasil.
Niobe Xandó é uma artista essencial no esforço de reescrita da história da arte brasileira, representando a inclusão de produções que escapam de definições temporais ou estilísticas. Sua obra desafia as narrativas correntes e revela uma artista singular e independente na lida entre figuração e abstração, espiritualidade e racionalismo, vocábulo e imagem.
Elizabeth Jobim, Célia Euvaldo e Eliane Prolik, assim como outras artistas do meio do século XX, compartilham de uma profunda filiação vanguardista, ancoradas em rigorosas pesquisas materiais; ao mesmo tempo, arriscam-se livremente em experimentações visuais entre a bi e a tridimensionalidade, atualizando e expandindo seus processos.
Já Julia Kater, Marina Weffort, Juliana Stein e Yasmin Guimarães – cada uma à sua maneira (e todas pertencentes a uma geração mais jovem) –, se aventuram por diferentes suportes, tensionando questões contemporâneas com materialidades variadas: da pintura a peças têxteis, da fotografia à colagem, do vídeo à instalação.
O que une essas artistas não é um gênero, tema ou meio, mas sim um compromisso com a pesquisa, com a investigação visual e a expansão da arte. Juntas, formam um corpo diverso, vibrante e potente, e se apresentam como expoentes fundamentais de diferentes momentos da arte no país e de uma produção feminina.
08/03/2021 até 02/04/2021