Schwanke
Luiz Henrique Schwanke (Joinville, SC, 1951-1992). Foi pintor, desenhista, escultor, ator, dramaturgo, cenógrafo e publicitário. Formado em comunicação social pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi um autodidata em desenho, pintura e escultura. Desde jovem, Schwanke se destacou pela sua predisposição às artes. Ainda na adolescência, recebeu prêmios em concursos de desenho e por textos escritos para festivais de teatro amador.
Foi através de seus desenhos, pinturas, esculturas e instalações que Schwanke desenvolveu uma constante reflexão sobre o lugar da arte no mundo contemporâneo. Ele articulava procedimentos característicos da pop art, da arte conceitual e do minimalismo, tais como a citação de obras paradigmáticas na história da arte; o seu interesse pela dicotomia entre claro e escuro (uma influência direta à obra do pintor italiano Michelangelo Caravaggio); e a apropriação e criação em série de imagens e objetos industrializados.
No conjunto de desenhos e pinturas denominado Linguarudos, produzido na segunda metade dos anos 1980, o artista realizou centenas de variações de um mesmo perfil masculino enraivecido, com a língua e dentes à mostra, gritando ou vomitando. Alguns foram feitos sobre páginas de jornal ou folhas de livros contábeis. Os traços e as pinceladas são explicitamente gestuais, como se não houvesse intermediação entre o impulso que os gerou e a imagem final. Em 1989, apresentou trabalhos tridimensionais e seriados no Museu de Arte de Joinville, com alguns deles sendo instalados em espaços públicos. Participou da 21ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1991, com o projeto Cubo de Luz, escultura feita com um imenso feixe luminoso. Em 2003, foi fundado o Instituto Luiz Henrique Schwanke, em Joinville, para preservar e difundir sua obra.
O legado de Schwanke conta com mais de cinco mil trabalhos nas artes visuais, até hoje objetos de estudo e pesquisa de monografias, dissertações e teses. A produção do artista está presente em numerosas coleções particulares e públicas, como acervos de museus e instituições culturais nacionais. E mesmo após mais de vinte anos de sua morte, seus trabalhos são expostos em mostras importantes e ao lado de destacados artistas.
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