Uma Trajetória Pautada na Liberdade

Cícero Dias, um ícone da arte moderna brasileira, nasceu em Pernambuco em 1907 e viveu o século XX em sua plenitude. Falecido em 2003, seu corpo mortal repousa em Paris, no lendário cemitério de Montparnasse, junto às glórias da França, mas, sua obra imortal paira, eternizada, além do oceano, sobre a grandeza do Brasil.

Cícero Dias é protagonista de uma das mais ricas e extensas trajetórias da história da nossa arte, pontuada pelo pioneirismo e idéias vanguardistas.

Revelado na antológica exposição de suas aquarelas em 1928, no Rio de Janeiro, Cícero Dias foi de imediato acolhido pelos modernistas e aclamado como o novo valor da arte brasileira. Aproximou-se dos pintores Ismael Nery, Tarsila do Amaral, Lasar Segall e Di Cavalcanti, pilares da Semana de Arte Moderna de 1922, além dos poetas e escritores Graça Aranha, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Murilo Mendes, Manuel Bandeira e Gilberto Freyre.

Em 1937 Cícero Dias partiu para viver em Paris incentivado por Di Cavalcanti que lá estava, deixando para trás uma legião de modernistas, mas não tardou a se envolver com a vanguarda francesa, ligando-se a expoentes da pintura e da literatura, entre eles Picasso e Paul Éluard. No pós-guerra integrado à École de Paris, ao Groupe Espace e ao elenco da recém criada Galerie Denise René, inscreveu-se na história da arte moderna mundial. 

Precursor, Cícero Dias é autor dos primeiros murais de arte abstrata da América Latina, realizados no Recife em 1948. Produziu grande parte da sua obra na Europa nas seis décadas em que lá viveu, sem jamais abdicar dos valores mais profundos da nossa cultura.

A trajetória de Cícero Dias foi pautada na liberdade, tanto na expressão de sua arte quanto na conduta de sua vida. Alguns episódios de sua história pessoal confundem-se com acontecimentos políticos da maior relevância no século XX, como as suas relações conflituosas com a ditadura Vargas no Brasil e sua participação na resistência ao nazi-fascismo na Europa.

A obra de Cícero Dias, uma das mais intrigantes e inexplicáveis da arte brasileira, tem sido cada vez mais objeto de estudos em simpósios e teses em universidades brasileiras e do exterior. Tanto o período de sua fase modernista quanto o período abstrato da época de sua participação na École de Paris já foram objetos de amplos estudos acadêmicos e teóricos, que lhes rendeu incontestável reconhecimento no âmbito nacional e internacional.


Waldir Simões de Assis Filho

O Goleiro, 1929

Aquarela sobre papel

50 x 44 cm

Lirismo, 1929

Aquarela sobre papel

38 x 44 cm

Noivos, déc. 1920

Aquarela sobre papel

54 x 51 cm

Canavial, 1927

Óleo sobre tela

65 x 52,5 cm

Sem Título, 1944

Óleo sobre tela

50 x 40 cm

Moça ou Castanha de Caju, déc. 1940, Lisboa

Óleo sobre tela

100 x 81 cm

Composition/Espace, 1953

Óleo sobre tela

100 x 81 cm

Sem Título, 1960

Óleo sobre tela

100 x 81 cm

Espace, déc. 1960

Óleo sobre tela

100 x 81 cm

Sem Título, déc. 1950

Óleo sobre tela

92 x 73 cm

Entropia XIII, déc. 1960

Óleo sobre tela

97 x 130 cm

Entropia X, 1961

Óleo sobre tela

116 x 80 cm

Figuras no Pátio, déc. 1950

Óleo sobre tela

92 x 73 cm

Casal, déc. 1950

Óleo sobre tela

100 x 81 cm

Maternidade, déc. 1960

Óleo sobre tela

92 x 73 cm

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