Alfredo Volpi (Lucca, Itália 1896 - São Paulo, Brasil 1988) é celebrado como um grande nome do modernismo brasileiro e construiu uma obra original e incomparável, impregnada ao imaginário nacional. Com uma trajetória singular e passagem por distintas vertentes da pintura.  

Sua família chegou ao Brasil em 1897, instalando-se na cidade de São Paulo. Na década de 1910, começou seu percurso artístico de forma autodidata. Sua primeira participação em uma exposição ocorreu no ano de 1925 no Palácio das Indústrias de São Paulo, momento em que privilegiou retratos e paisagens.  

Na década de 1930, integrou o Grupo Santa Helena formado por Zanini, Rebolo, Pennacchi e Bonadei. Aproximou-se do artista italiano Ernesto de Fiori, que foi fundamental para seu desenvolvimento artístico.                

Em 1950 volta à Itália, participa da XXV Bienal de Veneza, seduz-se com a arte dos pré-renascentistas, principalmente de Giotto. Nesse período, gradativamente substitui o óleo pela têmpera. Inicia, também, uma fase construtivista, que compreende um período estático, com fachadas e casas abstraídas, que se transforma, nos anos 1960, em esquemas óticos e vibráteis, puramente cromáticos, das bandeirinhas e fitas. 

Em 1985, expõe pela primeira vez em Curitiba, na Simões de Assis, na mostra Quatro Mestres, Quatro Visões: Barsotti, Ianelli, Tomie e Volpi. 

Sua obra conquista reconhecimento, sendo premiado em inúmeras instituições, tais como: prêmio de Melhor Pintor Nacional da II Bienal Internacional de São Paulo (1953), o Guggenheim Prize, Nova York, Salão Paulista de Belas Artes, Salão Nacional de Belas Artes, Prêmio de Pintura Nacional. Integrou diversas edições da Bienal de Veneza e da Bienal Internacional de São Paulo. Em 1957, teve sua primeira retrospectiva, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O artista teve várias exposições individuais em instituições tais como: Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, entre outros. Suas obras integram grandes coleções privadas dentro e fora do país e museus como: Museum of Modern Art, Nova York, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba.