Elizabeth Jobim
Elizabeth Jobim (Rio de Janeiro, RJ, 1957). Graduou-se em Comunicação Visual na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, onde também fez pós-graduação em História da Arte e Arquitetura. Sua produção artística teve início nos anos 1980, década em que realizou estudos de desenho e pintura com Anna Bella Geiger, Aluísio Carvão e Eduardo Sued, no MAM Rio de Janeiro. Em 1984, participou da histórica exposição “Como vai você, Geração 80?”, no Parque Lage. Nesta fase, realizou desenhos de observação utilizando como modelo réplicas de esculturas helênicas e maneiristas cuja composição era marcada pela gestualidade e movimento do corpo. Em 1992, concluiu o mestrado na School of Visual Arts, em Nova York e, em 1994, lecionou desenho e pintura na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage.
Nos anos 2000, sua produção ganhou dimensões mais monumentais e mais abstratas, uma vez que a artista passou a lançar mão de formas reducionistas usando linhas e cores – empregando, especialmente, azuis e vermelhos terrosos. Os contornos se aplainaram e ortogonalizaram, configurando planos mais arquitetônicos, nos quais a cor passou a exercer papel fundamental. A partir de 2010, seus trabalhos começaram a jogar com noções de profundidade – não com a perspectiva na superfície pictórica, mas com diferentes volumes nas próprias estruturas das telas, montadas em chassis mais espessos, formando dípticos e polípticos que se jogam em direção ao espaço.
Suas pinturas muitas vezes incorporam os ambientes onde são exibidas, aderindo às quinas e dobras das salas, enquanto outras se descolam totalmente das paredes, tornando-se corpos geométricos independentes e autoportantes no espaço. Sua produção configura-se como articulações de volume, cor, geometria, plano, arquitetura e peso, vocabulário solidamente construído no desenvolvimento de décadas de pesquisa. Recentemente, a artista vem explorando a sobreposição de tecidos sobre as telas – que continuam ganhando diferentes espessuras e desenhos – para criar outros planos construtivos dentro da superfície pictórica.
Elizabeth Jobim já realizou diversas exposições individuais, dentre as quais se destacam: "O Tempo das Pedras", Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, 2024; “Entre Tempos”, Simões de Assis, Curitiba, 2021; “Variações”, Paço Imperial, 2019; “Ensaios”, Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, 2018; “Jazida”, Museu do Açude, Rio de Janeiro, 2018; “In This Place”, Henrique Faria Fine Art, Nova Iorque, 2017; “Blocos”, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 2013; “Em Azul”, Estação Pinacoteca, São Paulo, 2010; “Endless Lines”, Lehman College Art Gallery, Nova Iorque, 2008. Entre as principais coletivas das quais participou estão: “A Escolha do Artista na Coleção Roberto Marinho”, Casa Roberto Marinho, Rio de Janeiro, 2021; “Mulheres na Coleção do Museu de Arte do Rio”, Rio de Janeiro, 2018; “(de)(re)construct”, Bronx Museum of the Arts, Nova Iorque, 2015; “Art in Brasil 1950-2011”, Palais des Beaux-Arts, Bruxelas, 2011; 5a Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2005; “Arte Contemporânea Brasileira”, Galeria Nacional de Belas Artes, Pequim, China, 2001; “Panorama da Arte Atual Brasileira”, Museu de Arte Moderna, São Paulo, 1990; “Como vai você Geração 80?”, Parque Lage, Rio de Janeiro, 1984. Seu trabalho figura em importantes coleções como MAM Rio de Janeiro; MAM São Paulo; MAR - Museu de Arte do Rio; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Instituto Figueiredo Ferraz; e Bronx Museum of the Arts.
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