Mano Penalva
Mano Penalva transita por diversas linguagens, como instalações, esculturas, pinturas, vídeos e fotografias. Artista visual, formado em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2008), frequentou cursos livres da Escola de Artes Visuais do Parque Lage entre 2005 e 2011. Atualmente mantém seu ateliê em São Paulo, cidade que também abriga o Massapê Projetos, plataforma idealizada por ele gerida por artistas que possibilita o pensamento e produção de arte.
Em sua pesquisa, Penalva busca investigar a formação da cultura brasileira e suas manifestações variadas. Um dos procedimentos utilizados em seu trabalho é o deslocamento preciso e incomum de fragmentos e objetos do cotidiano, muitas vezes reutilizados e apropriados, refletindo o interesse do artista pela antropologia e cultura material. Seus trabalhos operam em diferentes meios, desde a forma cotidiana da construção urbana, passando pelo uso decorativo e prático dos objetos que refletem as realidades socioeconômicas e culturais do povo brasileiro, até instalações na natureza e ações performáticas. Para o artista, tudo pode ser fonte de pesquisa, tendo mercados, ruas e casas populares como seus objetos de estudo. Mas é no gesto – escultórico, apropriativo, da costura, da colagem, – que ele busca entender as nuances de separação e sobreposição entre arte e vida.
No trabalho “Ode ao vento I” (2020), Penalva reflete sobre a força implacável da natureza, sua imprevisibilidade e como se dão as fronteiras. Na Praia do Pacífico, no México, Penalva içou uma bandeira que trazia as fronteiras internas entre os países latino-americanos, e que com o passar do tempo, os elementos compositivos iam se desvanecendo, apagando as fronteiras, ocasionando na dissolução dos estados e províncias metafóricas no branco. Outro trabalho relevante é “Litro por Kilo” (2019), em que pensou a permutabilidade de funções e valores que os objetos adquirem nos mercados populares e nas típicas chamadas de vendedores ambulantes como “três por dez, dois por cinco” em que revelam uma equivalência incerta.
Nos últimos anos participou de diversas residências artísticas, como Casa Wabi, Puerto Escondido (2021); Fountainhead Residency, Miami (2020); LE26by, Felix Frachon Gallery, Bruxelas (2019) e AnnexB, Nova Iorque (2018). Dentre suas exposições individuais, destacam-se: “Forró” (2024), Museu de Arte de Ribeirão Preto; “Sala de estar” (2024), Museu Mineiro, Belo Horizonte; “Dois pra lá, dois pra cá” (2024), Simões de Assis Galeria, Curitiba; “De Costa a Costa” (2023), Instituto Guimarães Rosa, Cidade do México; “Cumeeira” (2023), Simões de Assis, São Paulo; “Cama de Gato” (2022), Llano Galeria, Cidade do México; “Alpendre" (2022), Galeria Portas Vilaseca, Rio de Janeiro; “Entre les Plis” (2022), Felix Frachon Gallery, Bruxelas; “Ode ao vento” (2021), Llano Galeria, Oaxaca; “Hasta Tepito”, B[X] Gallery, Brooklyn (2018); “Requebra”, Frédéric de Goldschmidt Collection, Bruxelas (2018); e “Proyecto para Monumento”, Passaporte Cultural, Cidade do México (2017). Dentre as exposições coletivas, integrou: “Lucidus Disorder” (2024), Baró Galeria, Espanha; “Ribeirar” (2024), SESC Grussaí, Rio de Janeiro; “What I really want to tell you...” (2020), MANA Contemporary, Chicago; “Tropical Gardens” (2019), Felix Frachon Gallery, Bruxelas; “Bienal das Artes” (2018), SESC Distrito Federal, Brasília; “Blockchain/Alternative barter: a new method of exchange?” (2018), B[x] Gallery, Brooklyn; e “L’imaginaire de l’enfance” (2015), Cité Internationale des Arts, Paris. Possui trabalhos em instituições como CIFO - Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami; Frédéric de Goldschmidt Collection, Bruxelas; GALILA’S P.O.C., Bruxelas; Fundação Casa Wabi, Oaxaca, México; PAT Art Lab, Augsburg; e Museu de Arte do Rio de Janeiro.
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Sem título, série Ventana, 2022
madeira, tinta acrílica, grampo, lona de nylon e chassi
42 x 40 x 6 cm
Sem título - Série Origem, 2016
lona, juta, ráfia, nylon, elástico e plástico refletivo
160 x 120 cm
Jardineira - Série Ventana, 2021
muxarabi, palhinha, tinta acrílica, peneira, ripa de madeira e chassi
102 x 81 x 15 cm
Casa Geminada - Série Ventana, 2021
muxarabi, peneira, faixa de nylon, tinta acrílica, ripa de madeira e chassi
123 x 90 x 15 cm