Eliane Prolik
Eliane Prolik (Curitiba, 1960). Graduada em pintura e especializada em História da Arte do Século XX pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Estudou na Itália com o artista Luciano Fabro na Accademia Belle Arti di Brera em Milão, e posteriormente dirigiu o Museu Alfredo Andersen em Curitiba. Produz ativamente desde o final dos anos 1980 com linguagens variadas como esculturas, objetos e instalações.
A artista realizou esculturas com base na geometria com planos que se desdobram no espaço. Segundo o crítico Paulo Herkenhoff, as esculturas de Prolik associam-se à produção de Lygia Clark e às esculturas de ferro de Amilcar de Castro. Paralelamente a essas esculturas de filiação neoconcreta, realiza obras que se abrem a outras percepções, explorando o vazio, as reflexões de imagens e as formas de objetos cotidianos. Cria peças de cobre, que podem ter a forma de vaso, contidas uma dentro da outra, ou pêndulos, congelados em seu movimento, ou ainda objetos que fazem alusão a formas geométricas, como cones. Emprega formas curvas, volumes ocos, aparentemente flexíveis e sem peso, que estão em permanente tensão ou em delicado equilíbrio.
Nos anos 1990, seus trabalhos resgatam formas de objetos cotidianos, que assumem novos caráteres, apropriando-se dessas formas para repotencializá-las. Nas peças de cobre, explora a superfície, que mantém os gestos da moldagem, já nos trabalhos com metal, que é repuxado, há uma sugestão de vibração.
Entre as exposições individuais destacam-se: “Aqui Semáforo” (2018), Projeto Infiltrações, Solar do Barão em Curitiba; “Pra Que” (2017), Pinacoteca de São Paulo; “Mudanças” (2016), Centro Cultural Sistema FIEP; “Matéria do Mundo” (2014), Museu Oscar Niemeyer (2014); “Atravessamento” (2012), Museu Municipal de Arte de Curitiba; “Tuiuiú” (2004), Projeto Octógono, Pinacoteca de São Paulo e “Capulus” (2003), Centro Universitário Maria Antonia - USP, São Paulo. Entre exposições coletivas destacam-se Bienal de Curitiba (2015/2017); “Sinalítica” (2017), MusA - UFPR; “A Cor do Brasil” (2016), MAR-RJ; “Arr” (2015), Espaço Cultural BRDE Curitiba; “PR/ BR” (2013); “O Espaço Aberto” (2011), Caixa Cultural Brasília; “O Estado da Arte” (2010), Museu Oscar Niemeyer, Curitiba; 19ª e 25ª Bienal Internacional de São Paulo (1987 e 2002); “I Bienal do Mercosul” (1997), Porto Alegre; “24º Panorama da Arte Brasileira” (1995), MAM-SP e “24º Panorama de Arte Brasileira” (1995), MAM/RJ, “Bienal Brasil Século XX” (1994) no FBSP e “22º Panorama de Arte Atual Brasileira” (1991) no MAM/SP. Tem trabalhos em importantes coleções como: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo e Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e do Paraná.
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