André Azevedo
André Azevedo (Curitiba, 1977) estudou Desenho Industrial na Universidade Federal do Paraná (UFPR), e também se graduou em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Desenvolve em um contínuo experimento, técnicas construtivas têxteis e linguísticas, manipulando a matéria ordinária do mundo e adicionando camadas simbólicas a estes elementos.
Sua pesquisa com tecidos parte de sua experiência pessoal e familiar com essa materialidade. A partir dessa vivência, Azevedo passou a entender o têxtil ao mesmo tempo como linguagem, conceito e materialidade, o que lhe possibilita inúmeras formas de interação com o mundo. O ponto de partida para realização de suas obras vem da própria etimologia da palavra "texto" e de uma citação recorrente entre vários autores: “Texto quer dizer tecido e uma linha um fio de um tecido de linho”.
Azevedo explora a estrutura da trama dentro do universo da contação de histórias, utilizando-se de noções de “fio da meada”, de "pano de fundo”, de “ponto sem nó”, entre outras figuras de linguagem. O tecido é um ensejo para ater-se à ideia de que as coisas se dão por entrelaçamento: que seguem fenômenos de repetição, transmitem processos e consequentemente reavivam imagens. Azevedo parte da afirmação de que o tecido é meio porque ele está no meio – entre o homem e o mundo, e entre o mundo e todas as coisas que ele também reveste – e, assim, lança mão de diferentes suportes maleáveis, como livros, telas, vídeo e instalações sonoras.
O artista foi premiado em 3º lugar no Prêmio Internacional de Artista Emergente (2014) em Dubai. Realizou exposições individuais como "Text (T)" (2024), Fundación Pablo Atchugarry, Miami, EUA; “Anverso” (2022), Simões de Assis, Curitiba; “Antropologia do Entrelaçamento” (2020), Simões de Assis, São Paulo; "Poemas" (2020), Simões de Assis, Exposição Online; “André Azevedo & James English Leary” (2017), Simões de Assis, Curitiba; “Desmoldes” (2014), Ateliê Rua São Francisco, Curitiba e “Tropical Reminiscence”, Galeria Joyce, Pequim. Das exposições coletivas destacam-se: "Craft Front & Center: Conversation Pieces" (2024), Museum of Arts and Design, Nova York, EUA; “Tramas e Tecituras” (2023), Simões de Assis, São Paulo; “Brasilidade - Pós-modernismo” (2022), CCBB, São Paulo e Rio de Janeiro; “Máscaras: Fetiches e Fantasmagorias” (2022), Paço das Artes, São Paulo; “Afinidades” (2021), Museu Oscar Niemeyer, Curitiba; “XXII Bienal Internacional de Curitiba, Luz versus Luz” (2015), Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba. Seus trabalhos figuram em importantes coleções, como MAD - Museum of Arts and Design, Nova York, EUA; MAR/RJ; MON, Curitiba; e MAC/PE, Olinda, Brasil. Em 2022, Azevedo realizou a residência artística Josef and Anni Albers Foundation, Bethany, Estados Unidos.
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Enredos 9, 2022
trama feita com fitas de datilografia, coletadas de diferentes máquinas de escrever, esticadas sobre tela
120 x 80 cm
Série Punched card /3 , 2024
malha em tricô com fio acrílico esticada em chassi de madeira
120 x 120 cm
Datilográfica Caça Palavras, 2023
datilografia, marcações de papel carbono e costuras à máquina sobre algodão cru
80 x 85 x 4 cm
Datilográfica Password, 2023
datilografia, marcações de papel carbono e costuras à máquina sobre algodão cru
131cm x 98cm x 4cm
Datilográfica Download, 2023
datilografia e costura à máquina sobre algodão cru e papel carbono
62 x 51 cm
Datilográfica HTTP 2 ( díptico), 2023
datilografia e marcações de papel carbono sobre algodão cru | datilografia sobre papel carbono
57,6 x 41cm x 4cm | 57cm x 40,5cm (carbono)
Datilográficas, 2022
datilografia em algodão cru, costura e botões
80 x 48 cm
typering on raw cotton, stitching and buttons
OFFLINE | Série Enredos, 2022
Trama feita com fitas de datilografia, coletadas de diferentes máquinas de escrever, esticadas sobre tela.
100 x 80 cm
Fio Reto (tecido + carbono), 2020
datilografias à máquina sobre algodão cru e papel carbono
56,5 x 43 (tecido) / 59,5 x 45,5 cm (carbono)