Frank Ammerlaan (Sassenheim, 1979) é um artista holandês graduado em Artes na The Gerrit Rietveld Academy em Amsterdam (2007) e possui mestrado em pintura pela Royal College of Art em Londres (2012). Ammerlaan tem um interesse especial pelo potencial de seus materiais, o efeito da cor, a sugestão de tempo e espaço, e evidencia a tensão entre a presença de matéria física e a sugestão da experiência efêmera. Iniciou seu interesse pela materialidade ainda no colégio técnico em madeira e mobiliário de Amsterdam.  

Para o artista, a matéria não é um espectador passivo, pelo contrário, é um personagem ativo, um coautor de seu trabalho, com potência dinâmica que se transforma e se deteriora. Há um diálogo entre a escala macro e a microscópica, absolutamente enredadas com experiências fenomenológicas. Ammerlaan é quase como um alquimista contemporâneo, de maneira que entende a alquimia como um ato de criação. O confronto entre a fascinação científica e a incerteza é recorrente em quase todas as suas obras, além da constante experimentação de materiais, novas técnicas que variam desde tintas, à têxteis e elementos químicos.  

O conceito de criação é o foco de trabalho do artista, de ultrapassar os limites da pintura. Opera na exploração da construção da linha, modela chapas de chumbo e as transforma em esculturas de parede, ou quando realiza pinturas de derramamento de óleo, é sempre hábil em criar formas inesperadas. A pesquisa de Ammerlaan é essa experimentação incansável com diferentes tipos de matéria, em que a geometria desempenha um papel essencial na produção. Foi premiado em importantes instituições das quais destacam-se: Publication Grant Mondriaan Foundation (2017), De Scheffer Award, Holanda (2013); Royal Award for Painting, Holanda (2012), Land Securities Studio Award e Royal College of Art, Londres (2012).  

Realizou exposições individuais das quais destacam-se: “Espelho da Matéria” (2023), Simões de Assis, Curitiba; “BODY ARMOR” (2020), Upstream Gallery, Amsterdam; “Iron Mountain” (2020), Simões de Assis, Curitiba; “Upstream Focus” (2020), Upstream Gallery, Amsterdam; “Particles of Dust” (2017), Upstream gallery Amsterdam; “Moonless” (2016), Bose & Baum Gallery, Londres; “Faith by Proxy” (2015), Upstream Gallery, Amsterdam e “Outside the Wireframe” (2015), SIM Galeria, Curitiba. Entre as exposições coletivas participou de: “Bienal de Curitiba" (2017), MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba; “Drawing Biennial” (2017), Drawing Room, Londres; “Desire of the Other” (2015), Galeria Annka Kultys, Londres;  “Absence, Looking for Hammershøi” (2015), David Risley Gallery, Copenhagen; “Open Studio’s” (2015), Pivô, São Paulo; “IDFA - International Documentary Film Festival Amsterdam” (2014); “Open Cube” (2013), White Cube Gallery, Londres; e “Painting without paint” (2012), David Risley Gallery, Copenhagen. O trabalho de Ammerlaan faz parte de importantes coleções privadas e museus como Museu Centraal Utrecht, Kunstmuseum Den Haag, Museum Voorlinden e Stedelijk Museum Schiedam.